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Dois homens acusados de tentativa de homicídio qualificado serão julgados nesta quinta-feira (6) pelo Tribunal do Júri de Araçatuba. O caso envolve Daniel Barbosa de Sousa, Davi Moura de Oliveira e Caique Junio de Souza Soares, o Caiquinho, considerado líder do tráfico na zona leste de Araçatuba. Os três também respondem também por corrupção de menor.
Segundo o Ministério Público, o crime ocorreu em 4 de abril de 2020, no bairro Hilda Mandarino. De acordo com a denúncia, Daniel e Davi efetuaram vários disparos de arma de fogo contra Jefferson Antônio Ferreira, a mando de Caiquinho, considerado o mandante da ação. Um adolescente também teria participado, dirigindo o carro usado na fuga.
Davi já foi julgado e condenado pelo crime. Esta semana serão julgados Daniel e Caiquinho, apontado como mandante do crime, motivado por disputa em ponto de tráfico de drogas.
A vítima foi atingida por diversos tiros, chegou a ficar em coma e sobreviveu após passar por cirurgias na Santa Casa de Araçatuba. Laudos médicos apontaram lesões graves em várias partes do corpo, incluindo tórax, abdômen e cabeça.
Durante as investigações, policiais civis apreenderam com um dos acusados uma pistola calibre 380 e um revólver calibre 38. Perícias balísticas confirmaram que as armas foram utilizadas no crime.
Em seus depoimentos, os três réus negaram envolvimento e alegaram inocência. Já a vítima e testemunhas afirmaram que o ataque teria sido motivado por disputas ligadas ao tráfico de drogas na região.
A decisão de levar o caso a julgamento foi proferida pelo juiz Danilo Brait, da 3ª Vara Criminal de Araçatuba, que considerou haver indícios suficientes de autoria e materialidade. As qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima foram mantidas.
O julgamento será realizado no Fórum de Araçatuba e contará com a participação do Conselho de Sentença, responsável por decidir se os acusados são culpados ou inocentes.
Tiroteio
Em setembro de 2019 Caiqiunho se envolveu em um tiroteio que terminou com quatro feridos em frente a um bar no bairro Água Branca. Na ocasião ele foi baleado e fugiu, e recebeu atendimento médico em um hospital particular de Araçatuba e foi transferido para Fernandópolis, e na ocasião a Polícia não havia sido informada, o que resultou em processo envolvendo dois médicos que prestaram o atendimento em Araçatuba e Fernandópolis, além de um homem que trabalhava no hospital em Araçatuba.