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Parentes da dona de casa Helena de Souza Pereira, de 69 anos, que morreu após ser atropelada por uma motocicleta no último domingo (1), em Araçatuba, procuraram a imprensa para contestar informação do Boletim de Ocorrência sobre o fato que sugere que a morte ocorreu em decorrência de infarto.
Em carta enviada à redação do portal Ata News, um dos filhos da idosa, afirma ter confirmado no IML (Instituto Médico Legal) que a causa da morte ocorreu devido a "tamponamento cardíaco, lesão miocárdica e trauma fechado de tórax", causados pelo impacto do acidente. O laudo oficial sai em 30 dias.
A informação que consta no BO teria sido passada à Polícia Civil pela equipe médica do pronto socorro da Santa Casa que atendeu a vítima após o atropelamento.
O acidente ocorreu na rua Ugolino Dall´Oca, bairro TV. A mulher foi atropelada na rua por uma motocicleta pilotada por um balconista de 24 anos. O rapaz foi detido após a batida e liberado depois de prestar depoimento no plantão policial de Araçatuba.
EMBRIAGUEZ?
Os familiares da mulher também contestam a informação de que o motociclista não estava sob efeito de álcool no momento do acidente. Exame clínico feito na delegacia apontou que o rapaz estaria sóbrio.
Um filho da vítima afirmou que o exame clínico teria sido feito cerca de quatro horas após o acidente, período, segundo ele, suficiente para que o piloto “curasse a bebedeira”.
Policiais militares que atenderam a ocorrência afirmaram que o piloto apresentava sinais de embriaguez, com odor etílico, voz pastosa e olhos avermelhados.
Uma médica legista que realizou o exame clínico não constatou as evidências citadas pelos policiais militares. Conforme os familiares, “isso ocorreu devido a demora de 4 horas para a realização do exame”.
De acordo com a Polícia Militar, o rapaz teria passado o dia em uma festa, antes do atropelamento. A moto, que o condutor pegara emprestada de um amigo, minutos antes do acidente, foi apreendida (foto abaixo). Familiares também alegam que o rapaz tentou fugir após o atropelamento.
As informações são contestadas, por sua vez, pelo advogado do acusado, o criminalista Flávio Batistella. “Meu cliente não estava em condições de fugir do local e uma profissional do IML atestou que ele não estava dirigindo sob efeito de álcool”, disse.
Batistella alegou que entende a dor da família. “Foi uma fatalidade que infelizmente tirou a vida de uma pessoa, mas tudo deve ser apurado com cuidado para evitar injustiça”.
DESABAFO
Indignada, a família da vítima, clama por justiça na apuração do caso. Em carta enviada ao Ata News, um dos filhos da dona de casa desabafa: “A negligência de um rapaz que dirigia embriagado tirou a vida uma pessoa inocente e isso não pode ficar impune”.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso, tipificado como Homicídio Culposo (sem intenção de matar).
(aracatubanews).