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Tribunal condena mulher que mandou matar o marido

Cintia Magda dos Santos Ribeiro Sorato, 45 anos, acusada de planejar a morte do marido, o pecuarista Luís Sorato Neto, foi condenada a 23 anos e 4 meses anos de prisão. O sentença foi anunciada pelo Juiz de Direito Antônio Fernando Sanches Batagelo às 5h17 da madrugada desta quarta-feira (6), no Tribunal do Júri de Araçatuba. Outros quatro réus também foram condenados por participação no assassinato. São eles: Anderson Douglas Lopes, o Ninão, condenado a 17 anos de prisão. Sérgio Alves dos Santos Júnior, o Juninho Olho Verde pegou pena de 23 anos e 4 meses. Segundo denúncia do Ministério Público, a dupla teria participado da execução do pecuarista.Mesmo foragido desde a época do crime, o ex-policial militar Almirante Petroli Júnior foi condenado a 23 anos e 4 meses de prisão. Já outro réu, Arlindo Jovino, foi sentenciado a 26 anos e 8 meses de prisão. Estes dois últimos teriam intermediado a contratação dos matadores. A pena de Jovino foi aumentada em relação aos outros réus em função dos antecedentes criminais.Depois de ouvir a sentença, os condenados voltaram às penitenciárias onde cumprem pena. Cíntia Sorato está na penitenciária feminina de Campinas. Os outros presos estão em penitenciárias da região. O crime aconteceu em dezembro de 2005 e teve grande repercussão na cidade, principalmente depois da prisão da esposa da vítima.  Com exceção de Almirante, todos cumprem estão presos há mais de seis anos.  Depois de dois adiamentos, em janeiro e abril deste ano, o julgamento, que teve pouco mais de 20 horas de duração, é um dos mais longos já realizados no Tribunal do Júri de Araçatuba.


 O CRIME  


O pecuarista Luís Sorato Neto foi morto a tiros quando tinha 47 anos. Ele foi abordado por dois homens quando saía de sua propriedade rural, no bairro da Água Limpa, acompanhado da esposa Cintia Magda dos Santos. Meses depois, a Polícia Civil viria descobrir que ela também estava envolvida no crime. Diante da porteira do sítio, ela desceu do veículo em que se encontravam para abri-la. Nesse momento, os dois assassinos apareceram e abordaram o casal, para simular um roubo. Ela saiu do local e os homens executaram Sorato, atingindo-o na cabeça e no peito. Cintia Sorato foi presa seis meses depois, após investigação da Polícia Civil que apontou sua participação no planejamento da morte do próprio marido. Conforme denúncia do MP, com a ajuda do ex-PM Almirante e de Arlindo Jovino, ela teria contratado os dois assassinos do marido. Para o MP, o crime teve motivação financeira. Cintia era casada com Sorato havia mais de 20 anos quando o crime aconteceu. Conforme o MP, nesse tempo o casal adquiriu 23 imóveis, incluindo propriedades rurais. Segundo o MP, Cíntia planejou a morte do marido junto com o ex-PM Almirante, com quem mantinha, na época, segundo o MP, um relacionamento amoroso. Conforme o processo, ela teria prometido pagar R$ 20 mil de recompensa pela morte do pecuarista Luís Sorato.


 DEBATES 


 O julgamento teve debates acalorados entre o Promotor de Justiça Flávio Hernandes José e os advogados de defesa José Molina Neto, Mário Bacalá Ribeiro, Elson Wanderlei Cruz, Álvaro dos Santos Fernandes e José Luiz Boatto.O tom elevado de voz, de ambas as partes, chegou a causar espanto na platéia, formada por familiares dos réus, advogados e universitários, entre outros profissionais. Os advogados de defesa não concordaram com a sentença e disseram que vão recorrer da decisão. Já o Promotor de Justiça disse que ainda vai estudar as penas aplicadas. Dependendo do entendimento, ele poderá pedir aumento de alguma sentença. “Mas ainda não há nada definido. Ainda vou estudar, com calma, cada caso”, disse Flávio Hernandes após o anúncio da sentença. Segundo o promotor, sob a ótica do Ministério Público, a decisão dos jurados foi acertada e está amparada em todas as provas dos autos. “Essa decisão evidencia o bom trabalho desempenhado pela Polícia Civil e Polícia Militar, em especial pelos policiais militares Spadin (sargento João Carlos Spadin) e Coqueiro (soldado Renato Coqueiro) e pelos delegados Rodolfo Carlos de Oliveira e Fábio Pistori", afirmou o promotor. 


fonte: Araçatuba News